Operação está nas ruas de Maceió, Coruripe e Pilar para cumprir mandados; Justiça Federal já afastou cinco servidores.
Uma operação conjunto entre a Polícia Federal, Receita Federal a Controladoria Geral da União (CGU) foi desencadeada na manhã desta quinta-feira (19) em Alagoas, para desarticular uma quadrilha que desviou mais de R$ 13 milhões de recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento para a Educação Básica (FUNDEB). De acordo com a PF, a operação denominada de “Suseranos” foi deflagrada em Maceió e também nas cidades de Coruripe e Pilar.
Ainda de acordo com a PF, 28 mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 1ª Vara da Justiça Federal. Segundo o delegado Políbio Brandão, o foco das investigações se concentra em Coruripe, onde os agentes da PF ocupam as Secretarias de Educação e Finanças e algumas saídas da cidade estão fechadas.
Além dos mandados, vários veículos, contas bancárias e imóveis foram bloqueados pela Justiça Federal. Algumas empresas também tiveram a quebra de sigilo bancário solicitados pela justiça.
O início das investigações começou com Fórum Estadual de Combate à Corrupção (FOCCO), grupo composto por órgãos como Controladoria Geral da União (CGU), Receita Federal, Ministério Público Federal e Tribunal de Contas da União e do Estado.
Segundo as investigações, as ilegalidades constatadas foram pagamentos de despesas sem a realização de licitações, gerando despesas na ordem de mais de R$: 5,5 milhões. Empresas fantasmas, cujos sócios eram “laranjas”, eram utilizadas para fraudar procedimentos licitatórios, visando direcionar o vencedor das licitações e simular competitividade entre empresas; realização de pagamentos nos anos de 2011 e 2012 com valor total aproximado de R$: 7 milhões sem comprovação documental das despesas realizadas.
O inquérito policial tramita em segredo de justiça e, após esta fase de colheita de interrogatórios e depoimentos, bem como apreensão de bens e documentos, serão apreciadas as novas provas colhidas para deliberações sobre o indiciamento de outras pessoas nos crimes apurados.
Da redação com o G1 AL