APROVADO ESTATUTO DA AGRIPA

18 ago 2013 - 11:54


Convocados pelo presidente, Sérgio Soares Campos, os Guardiões do Rio Ipanema, estiveram em sua sede provisória ─ Escola Estadual Profª Helena Braga das Chagas ─ no Bairro São José, sábado passado, com a finalidade de discutir e aprovar o estatuto da Associação Guardiões do Rio Ipanema – AGRIPA. Com maioria absoluta da Diretoria Executiva e do Conselho Fiscal, o Estatuto foi lido, discutido e aprovado por unanimidade. A Diretoria estuda a possibilidade de registro ainda dentro deste mês de agosto.

Sergio

(Fotos: Assessoria)

Os próximos passos estarão voltados para incursões no trecho urbano do Ipanema, desde o Poço Grande às Cachoeiras, para levantamento in loco dos problemas que sufocam o rio. Os afluentes urbanos também serão inspecionados, ocasião em que os arquivos da AGRIPA serão enriquecidos com o depoimento das comunidades ao longo do trecho trabalhado. Para maior segurança em suas próximas tarefas, os Guardiões deverão convidar geólogos e geógrafos para diagnósticos precisos como limites do leito do rio, lençol freático e extração mineral.

A fase organizacional interna poderá se estender através de meses, mas as ações objetivas e visíveis dos Guardiões estarão todas estruturadas quando acontecer. Isso proporcionará êxito concreto, pois a pressa, já dizia alguém, é inimiga da perfeição. Quem esperou até agora, poderá esperar um pouco mais.

No final da reunião do sábado, os guardiões receberam uma bela página musical de Cícero Ferreira Barbosa, o Ferreirinha, Conselheiro Fiscal, uma espécie de hino ao Ipanema, que recebeu o título de “Xote dos Guardiões”. Eis a letra:

XOTE DOS GUARDIÕES

 

Velho Panema

Pelos índios batizado

Limpinho, cristalizado

Sertão abaixo corria

A sua água não oferecia risco

De Pesqueira ao São Francisco

A todo povo servia

 

Por isso agora

O Guardião lhes convida

Para devolver à vida

Ao nosso velho Panema (Refrão)

E ver de novo

Aquelas velhas imagens

Bebendo nas suas margens

Lagartos, tatus e ema

 

O bom carreiro

De diversas regiões

Da Marcela ou dos Torrões

Água potável trazia

Matando a sede

E outras necessidades

Que muitas celebridades

Tomavam banho e bebia

 

(Refrão)

 

Não se ver mais

Aquela paisagem bela

Flor vermelha e amarela

Simbolizando alegria

E nas ramagens

Dos velhos pés de ariús

Debaixo dos mulungus

Acabou-se a água fria

 

(Refrão)

 

Os mulungus

As grandes caraibeiras

Cortadas nas ribanceiras

Quem ver não sente alegria

Os juazeiros, jenipapo e catingueiras

Viraram tudo fogueira

A margem ficou vazia

 

(Refrão)

 

Queremos ver

Nossa cidade crescendo

E o nossos rios correndo

Com paz e com harmonia

E os nossos filhos

Jogando bola, brincando

Gritando e tomando banho

Na transparência sadia.

Deretoria

GRIPA2Agripa

Notícias Relacionadas:

Comentários