Evasão escolar desafia ensino fundamental de Maceio

12 ago 2013 - 09:45


Foto: ilustração

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O ensino fundamental de Maceió tem um grande desafio; a evasão escolar. Mais de 20% dos estudantes da capital alagoana abandonaram a escola antes de completar o ensino funda

mental.

Os dados da Secretaria Municipal de Educação de Maceió apontam que a cada 100 alunos matriculados, 24 não terminam a fase inicial de escolaridade. As informações dão conta de que são vários os motivos que resultam na evasão escolar, um deles é a falta de professores, como também as dificuldades no aprendizado, doenças crônicas, deficiências no transporte escoar, falta de incentivo dos pais, mudanças de endereços e até questões econômicas.

Alguns alunos afirmam que vão para a escola somente por conta da merenda. Em alguns casos, os pais dos alunos não concluíram o ensino fundamental, o que gera um desinteresse por parte dos filhos.

A Secretaria Municipal de Educação de Maceió (SEMED) tem realizado ações para diminuir os índices da evasão escolar. Segundo a diretora de ensino da SEMED, Sônia Moraes, o Pró-jovem e outros programas são fatores que vem tentando incentivar o aluno a concluir as séries do ensino fundamental. A diretora afirma que o Ensino Fundamental é obrigatório para as crianças e adolescentes de seis a quatorze anos, mas que alguns desses alunos acabam chegando a essas séries com uma idade maior.

Ainda de acordo com a diretora, algumas ações como a freqüência diária são fundamentais a serem tomadas pelas escolas, para tentar diminuir os índices. “As unidades de ensino trabalham para envolver os alunos nas atividades escolares e os gestores são orientados a analisar adequadamente o movimento na instituição e o andamento do processo de ensino e aprendizagem dos alunos”, afirmou Sônia Moraes.

A diretora afirma ainda que grande parte dos estudantes que abandonam os estudos é do período noturno e que em alguns casos ocorre a sazonalidade que é quando o aluno deixa de ir à escola por um tempo e com isso acaba não conseguindo concluir o ano letivo. “Isso acontece muito quando eles trabalham durante o dia e estudam a noite, daí eles precisam esticar no trabalho e não conseguem chegar à escola a tempo”, Completou Sônia.

De acordo com o assessor da diretoria de ensino, professor Arcelio Moraes, há uma grande preocupação em fazer com que o aluno estude próximo da escola. Ele explica que é feita uma avaliação e quais os locais que estão com o maior número de crianças e jovens em idade escola e, quando não há uma unidade próxima, a secretaria tenta implantar ou ampliar as vagas nas que já existem.

Por Paulo Sérgio Jr – Colaborador 

 

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