Prefeito de Ouro Branco será julgado na próxima terça por abuso sexual a menor

23 nov 2012 - 08:00


Foto: Divulgação

O Pleno do Tribunal de Justiça do Estado de Alago­as (TJ/AL) julga na próxima terça-feira, 27, o processo que apura as denúncias de exploração sexual de menor de idade por parte do prefei­to de Ouro Branco, Atevaldo Cabral (PMDB).

O prefeito foi acusado, em novembro de 2011, de ter aliciado sexual­mente uma menor na cidade em que comanda.

A audiência está marca­da para 9h, no Plenário De­sembargador Olavo Acioli de Moraes Cahet, e tem como relator o desembargador José Carlos Malta Marques. O edi­tal do Tribunal do Pleno está publicado no Diário Oficial Eletrônico da Justiça de on­tem.

O delegado regional de Santana do Ipanema, Rodrigo Cavalcante, instaurou inqué­rito policial – ainda em 2011 -, e o Ministério Público Es­tadual (MP/AL) o denunciou por favorecimento a prostitui­ção ou outra forma de explo­ração sexual de vulnerável, também no ano passado.

Se condenado, o prefeito reeleito este ano pode pegar de quatro a dez anos de reclu­são, além da perda do cargo eletivo. Como a pena priva­tiva de liberdade é maior do que quatro anos, a lei deter­mina a perda do cargo, função pública ou mandato eletivo.

As investigações apon­taram que o gestor de Ouro Branco teria a participação em um esquema de explo­ração sexual que envolvia a sedução de menores na troca de bens e ações da prefeitura, que tinha ainda o agencia­mento de Josefa Francisco da Silva, a Iá. O prefeito sempre negou as acusações de alicia­mento e indução à relação se­xual.

A história começou a ser desvendada após uma de­núncia do Conselho Tutelar de Ouro Branco. No dia 21 de outubro de 2011, Cabral teria tido um encontro com uma menor de 14 anos em um bar na Zona Rural de Olho d’Água das Flores. Ela teria sido levada até o local por Iá e pelo motorista do prefeito, Maurílio Marcos Almeida da Silva.

As investigações mostram que Iá já tinha agenciado a irmã da adolescente, de 17 anos, em outro encontro no mês de junho – onde a ga­rota receberia um aparelho celular. Iá, segundo o MP, é conhecida no município por agenciar adolescentes para o prefeito.

A proposta feita por Ate­valdo Cabral seria o paga­mento de R$ 300 para a práti­ca sexual com a menor, ao se negar a consumação do ato, Cabral aumentou a oferta para R$ 800, e que ela perma­necesse em silêncio.

De acordo com o MP, Ca­bral teria prometido a repara­ção da estrada vicinal que dá acesso à casa da vítima.

Por Tribuna Hoje

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