Polícia Civil indicia servidores por agressão a torcedor

21 Maio 2013 - 23:10


A Polícia Civil encaminhou, nesta terça-feira (21), a Central de Inquérito o resultado da apuração que indiciou três servidores por agressão ao torcedor Al-Unser Ayslan Silva do Nascimento (21 anos), ocorrida no ano passado no Cadeião. A comissão que presidiu as investigações, composta pelos delegados Flávio Saraiva, Antônio Nunes e Simone Marques, concluiu que a intenção dos acusados era aplicar castigo pessoal à vítima, conforme nota divulgada pelo Ministério Público (MP) que também participou dos trabalhos de inquirição do caso.

Os indiciados foram Rodrigo Pimentel Marques (32 anos), Gilson Mendonça da Silva (31 anos) e Ednaldo Caetano da Silva (32 anos), estes últimos, diretor e gerente de segurança do Cadeião, respectivamente. Em depoimento prestado ao juiz Braga Neto, titular da Vara de Execuções Penais, Ayslan, torcedor acusado de assassinato, que revelou detalhes de como teria sofrido as agressões no Cadeião.

O inquérito concluiu que não foram encontrados indícios de agressão a Ayslan com a participação de policiais civis e integrantes da Força Nacional. O acusado de assassinato entrou em contradição em várias vezes, durante os interrogatórios. Esta incoerência entre afirmação dele foi constatada nas indagações minuciosas realizadas pela Polícia Civil, com provas matérias e laudo do Instituto Médico Legal (IML).

Ayslan foi preso em flagrante no dia 7 de julho do ano passado, acusado na morte do torcedor alagoano Jonathas Daniel dos Santos. A Polícia Civil instaurou inquérito e o delegado-geral, Paulo Cerqueira nomeou a comissão de delegados para comandar as investigações.

A Polícia Civil e MP realizaram diligências e sessões de reconhecimento, até que Ayslan identificasse quais foram as pessoas que o agrediram. Ele apontou Rodrigo, Gilson e Ednaldo como sendo os seus agressores.

O comando das investigações da comissão levou em consideração o auto de exame de corpo de delito (lesão corporal) que foi acostado aos autos, realizado pela perícia do IML, que evidenciou a presença de ‘lesão equimótico de cor verde amarelada na região orbitária direita; lesão escoriativa medindo quatro por sete centímetros, localizada entre a região supra escapular esquerda e a nuca; lesão equimótico na região escapular esquerda e lesões escoriativas medindo um centímetro cada, sendo uma na região hipotênar e outra na face anterior da falange proximal do quatro quirodáctilo’.

Os policiais civis e da Força Nacional, que Ayslan teria dito que o espancaram, ainda nas dependências da Delegacia de Homicídios de Maceió, não foram indiciados pelo MP, nem tampouco pelo inquérito da Polícia Civil. Alguns policiais que participaram da ocorrência no dia do assassinato, não foram reconhecidos por ele, a outros foram inocentados por conta de depoimentos contraditórios dele.

PC/AL

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