A primeira testemunha a ser ouvida por ser citada nos autos foi a irmã da esposa de Paulo César Farias, Eônia Bezerra. Em vários depoimentos, ela foi citada por não ter uma relação amistosa com Augusto Farias, irnão do empresário assassinado. Em seu depoimento, o ex-deputado afirmou que ela quis manter um relacionamento amoroso com PC após a morte da irmã.
Ela confirmou que também não mantém uma relação amigável com Augusto por ele ter interesse de expulsar ela e os sobrinhos da mansão afirmando que ele iria ocupar o imóvel. Segundo Eônia, todos os irmãos Farias possuíam um certo interesse no dinheiro de PC, nesse momento ela destacou o comportamento de Augusto. “Augusto tinha obsessão por tudo que o Paulo tinha. Se era um relógio, ele queria ter igual”, disse.
Ela também destacou que era Paulo César quem custeava boa parte dos gastos de todos os irmãos. Ela disse que por várias vezes chegou a presenciar PC pagando o aluguel da casa que o ex-deputado morava na época.
Após a morte de Suzana e PC, Eônia disse que a família Farias, e em especial Augusto, não tiveram interesse de considerar outras hipóteses para o crime. Ela contou também que o segurança Reinaldo começou a ter privilégios entre a família. “Augusto chegou a pagar tratamentos médicos para ele e seus parentes, coisa que os demais funcionários não tinham”, declarou.
Quanto à forma como recebeu a notícia da morte de PC e Suzana, Eônia disse que a filha do empresário ligou aos prantos dizendo que o pai tinha sido morto por Suzana e ela teria se suicidado em seguida. Porém, ela disse que após isso, nunca mais procurou saber ao certo se outras hipóteses para o crime foram levantadas.
“Quando cheguei à mansão, encontrei meus sobrinhos em estado de choque. Acompanhei eles ao velório e Ingrid disse que foi o tio quem chegou na casa deles para dar a notícia da morte de PC. Depois o Augusto chegou a pedir a guarda dos meninos”, contou.
Por Vanessa Siqueira / Cada Minuto