Médicos paralisam atendimentos aos planos de saúde nesta quinta-feira

25 abr 2013 - 10:04


Foto: Ilustração

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Mais um alerta será feito aos planos de saúde nesta quinta-feira, 25 de abril. Em todos os estados, os médicos farão manifestações de protesto contra o desequilíbrio que existe hoje na relação de trabalho por intermédio das operadoras de saúde complementar. Na Bahia, os profissionais suspenderão as consultas, exames e cirurgias eletivas de todos os planos.

A orientação aos usuários que têm consulta agendada para esta data é que remarquem o atendimento. Os casos de urgência e emergência serão atendidos normalmente.

Ainda nesta quinta, os médicos farão um debate aberto ao público com o Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual, Procon, Agência Nacional de Saúde (ANS), Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-BA), Defensoria Pública e representantes dos usuários dos planos, para discutir as medidas a serem tomadas. O evento acontece às 14h, na sede da Associação Bahiana de Medicina (ABM) – Rua Baependi, nº 162, Ondina.

Honorários

Os médicos estão cobrando providências às autoridades, em particular ao Ministério Público, para que seja restabelecido o equilíbrio econômico entre os profissionais e as operadoras, sobretudo em relação à ilegalidade dos planos de saúde, que não respeitam as resoluções da ANS.

A questão está sendo levada à Justiça pelo Sindimed e ABM. Os planos já foram notificados e estão em curso ações judiciais para correção do flagrante desequilíbrio econômico e abusos nessa relação. Entre as reivindicações estão, honorários dignos, critérios de reajuste, contratos adequados, respeito às resoluções da ANS e aos direitos dos usuários.

Apesar das mensalidades caras para os usuários e da falta de reajuste dos honorários dos médicos, os planos muitas vezes disponibilizam uma rede de atendimento insuficiente, retardam e negam procedimentos. Segundo pesquisa Data Folha, 30% dos mais de 40 milhões dos usuários de planos de saúde acabam utilizando também o SUS.

Na Bahia, em 2012, as operadoras de saúde não aceitaram negociar, ampliando a histórica defasagem dos honorários médicos. No entanto, os usuários, como sempre, tiveram as mensalidades reajustadas. Este tema é de grande importância para a sociedade e as entidades médicas alertam, mais uma vez, para a necessidade de ampliar a discussão sobrea relação entre médico, planos de saúde e usuários.

Por Agência Brasil

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