Alagoas sediou terça (6) e quarta-feira (7) a primeira Oficina de Trabalho do Programa de Aquisição de Alimentos – PAA Leite 2024, recebendo representantes dos convênios com o Governo Federal nos estados do Nordeste e Minas Gerais.
A iniciativa, coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome (MDS) e organizada pela Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária de Alagoas (Seagri), teve objetivo de avaliar a execução do programa, que tem um impacto social e econômico em toda região.
Em Alagoas, o PAA Leite é executado junto ao programa Leite do Coração, ajudando na geração de renda e garantindo segurança alimentar de cerca de 100 mil famílias que vivem em situação de vulnerabilidade social, beneficiadas com a entrega de leite semanalmente em todos os 102 municípios.
Durante reunião de trabalho, nesta quarta-feira, em Maceió, a secretária de Agricultura e Pecuária, Aline Rodrigues, ressaltou que o programa está garantido até janeiro de 2025, com aporte de recursos do Governo de Alagoas, através do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (Fecoep).
“A intenção é de que a gente tire de fato a população da linha da pobreza. Já estamos fazendo isso em Alagoas, seguindo o ritmo do Brasil, com programas importantes. Além da transferência de renda, o Estado vem trabalhando também com a inclusão produtiva e a geração de renda. Com o PAA Leite, nossa intenção é de que a gente consiga ampliar ainda mais, atendendo a pessoa idosa, a pessoa com deficiência, e alcançar mais famílias alagoanas”, atentou a secretária.
Visitas técnicas
A programação da oficina teve início na terça-feira com abertura realizada na região da Bacia Leiteira. A comitiva visitou a comunidade Cachoeira Poço de Pedras, em Belo Monte, para conhecer a realidade de produtores da Cooperativa de Produção Leiteira de Alagoas (CPLA), que fornecem leite ao Programa de Aquisição de Alimentos. O PAA Leite beneficia mais de 3.200 agricultores familiares, que comercializam o leite durante todo o ano, a preço justo. O programa incentiva a permanência do produtor e fortalece a atividade leiteira.
“Essa visita foi muito importante para nossa região porque conseguimos apresentar para o Ministério do Desenvolvimento Social a nossa evolução que aconteceu através do programa. A gente começou com produção de 300 litros ao dia e hoje nós estamos com produção de 2,5 mil litros de leite ao dia. Nossos produtores estão organizados, fazendo sua silagem e melhorando seu rebanho”, contou a presidente da Associação dos Produtores de Leite, Ana de Andrade.
Do Ministério do Desenvolvimento Social, estiveram em Alagoas o diretor do Departamento de Aquisição e Distribuição de Alimentos Saudáveis, Raimundo Nonato, e o coordenador-geral de Articulação Federativa para o Abastecimento Alimentar, Fabio Kobol.
“A gente sabe que um programa dessa magnitude tem seu impacto no reforço da segurança alimentar, do combate à fome e na inclusão socioprodutiva. É com muita alegria que estamos vendo de perto, na fonte, quem oferece o leite ao programa. E o ministro Wellington Dias (MDS) tem pedido a nós que a gente esteja sempre apoiando iniciativas como essa”, afirmou o diretor nacional do PAA, Raimundo Nonato.
As visitas técnicas foram finalizadas na Unidade de Beneficiamento de Leite (UBL) da CPLA, que é a única agroindústria da agricultura familiar do Nordeste a possuir sacadora de leite, adquirida com aporte de recursos do Governo de Alagoas. A cooperativa beneficia 49 mil litros de leite por semana e conta com 1.500 produtores cadastrados no PAA Leite.
“A CPLA faz parte da história do programa em Alagoas porque organizamos nossos cooperados através dessa política pública do PAA Leite, que compra do pequeno produtor e leva um alimento saudável para quem mais precisa. Quando o Governo Federal e o Governo Estadual entram e compra o leite dos produtores fortalece toda a cadeia produtiva”, destacou o presidente da cooperativa, Aldemar Monteiro.
Participaram da Oficina de Trabalho do PAA Leite 2024 os gestores dos convênios do dos estados de Alagoas, Maranhão, Sergipe, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Piauí, Bahia e Paraíba, de forma presencial, e de forma remota na reunião de trabalho os representantes dos estados de Minas Gerais e do Ceará.