Alagoas teve participação recorde na edição 2024 da Olimpíada Brasileira de Astronomia e Astronáutica (OBA) e da Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG). Segundo dados da coordenação nacional das duas competições, o estado registrou 46.176 estudantes de 370 escolas públicas e privadas inscritas em ambas. As provas foram aplicadas nessa sexta-feira (17) em todo o país. Pela rede estadual, 6.288 estudantes de 80 escolas participaram das duas competições.
Alagoas registrou crescimento no número de participantes quando se compara a edição com a OBA e a MOBFOG de 2023: foram 3.527 alunos e 72 escolas a mais, um aumento de 8,2% no quantitativo de alunos e de 24,1% no número de escolas.
Quando levamos em consideração apenas a rede estadual, o crescimento de 2023 para 2024 é ainda maior que a média do estado de Alagoas: foram 605 alunos a mais de um ano para outro e um aumento de 29 escolas, o que significa um crescimento de 10,6% no quantitativo de estudantes inscritos e de quase 57% nas escolas participantes.
Em todo o Brasil, mais de dois milhões de estudantes se inscreveram na olimpíada e na mostra.
TEORIA E PRÁTICA
Durante toda a semana, as escolas estaduais se preparam para a prova teórica da OBA e para o lançamento de foguetes da MOBFOG. Uma delas foi a Escola Estadual Theotônio Vilela Brandão, de Maceió.
Sob a orientação dos professores Urandy Carlos e Leônade Daviliano, um grupo promoveu o lançamento de foguetes próximo ao radar meteorológico da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e, desde o início do ano letivo, receberam instruções sobre como montar um foguete caseiro.
“Um grupo de professores de matemática e física trabalhou junto com os alunos, mostramos como usar vinagre de álcool e bicarbonato de sódio para o lançamento. Fizemos intercâmbio com outras escolas e tivemos todo o apoio da equipe gestora”, conta Urandy. “A Mostra de Foguetes faz com que o aluno aprenda de forma divertida, colocando em prática o que vê em sala de aula. Além disso, temos a chance de revelar talentos”, complementa Leônade.
Aluno da 3ª série do ensino médio, Ruan Lima também participou dos lançamentos. “Tivemos todo o apoio dos nossos professores e é uma satisfação enorme ver os foguetes que produzimos alçando voo”, diz o garoto.
Já na Escola Estadual Princesa Isabel, no Cepa, 112 estudantes se submeteram à prova prática da OBA. Um dos professores de física da instituição, Diego Luiz aponta os benefícios que a olimpíada traz para o aprendizado dos estudantes.
“Por meio da astronomia, podemos trabalhar conteúdos que vão desde a física à geografia, despertando o interesse pelas ciências”, observa.