Escolas da rede estadual são destaque no Prêmio Educador Transformador Escola Ambrosio Lyra, de Passo do Camaragibe, foi 3º lugar na etapa regional do prêmio; Judith Nascimento, Graciliano Ramos e Otacílio Holanda foram premiadas na etapa estadual

Ana Paula Lins e Ana Cecília Oliveira / Seduc

16 abr 2024 - 11:30


Prêmio reconhece projetos alinhados à Educação Empreendedora (Foto: Thiago Athaíde / Seduc e Cortesia)

Escolas da rede estadual foram destaque no Prêmio Educador Transformador, iniciativa do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) que visa reconhecer projetos educacionais transformadores e alinhados à Educação Empreendedora. Em Alagoas, a Escola Estadual Ambrosio Lyra, de Passo de Camaragibe, ficou em terceiro lugar na etapa regional do prêmio, enquanto as escolas estaduais Judith Nascimento, de Messias; Graciliano Ramos, de Palmeira dos Índios; e Otacílio Holanda, foram destaque na fase estadual.

Protagonismo estudantil

Concorrendo na categoria Ensino Médio, a Escola Estadual Ambrósio Lyra foi 3º lugar na etapa Nordeste e 1º lugar na etapa estadual com o projeto Festival Estudantil de Registros e Vivências em Artes (F.E.R.V.A).

O projeto nasceu como uma resposta às ameaças de ataques em escolas brasileiras em abril de 2023, e teve como foco a produção artística e o talento estudantil. A iniciativa deu tão certo que hoje é uma das atrações mais esperadas do calendário letivo.

“O festival é produzido pelos nossos estudantes e visa valorizar a produção artística e a cultural local. Estamos incentivando o interesse pela economia criativa e preparando-os para entender a arte como possibilidade de profissão”, conta o professor Bruno Alves, idealizador do projeto.

A escola, que já recebeu certificado e selo Educador Transformador pela etapa estadual, agora se prepara para receber a premiação da etapa regional. “Dentre 3.460 projetos, sendo 24% deles do Nordeste e 24,4% na categoria Ensino Médio, chegamos muito longe e nos orgulhamos por estarmos contribuindo com uma educação transformadora. O prêmio levantou a autoestima de nossos alunos, muitos deles quilombolas, ciganos, PCDs, LGBTQIAPN+”, comemora Bruno.

Em 2023, o projeto também foi premiado pela Secretaria de Estado da Educação (Seduc) na Mostra de Inovação e Tecnologia.

Divisor de águas

Na etapa estadual, a Escola Estadual Judith Nascimento, de Messias, foi 3º lugar na categoria Ensino Médio com o projeto “Meninas nas Ciências”, e 1º na categoria Educação de Jovens e Adultos (EJA) com o projeto “Marketing Digital”. O projeto que ficou em 1º lugar surgiu a partir de uma disciplina de práticas profissionais voltadas para o marketing digital. Após aprender sobre criação de conteúdo e propagandas, o grupo criou meios para construir uma propaganda para as redes sociais.

“Nossos alunos conseguiram quebrar a barreira do medo em relação a apresentar, a conseguir trabalhar em equipe, a fazer pesquisa. E também aprenderam que sempre é tempo de recomeçar. Com esse pensamento, eles conseguiram trabalhar dentro de uma equipe, conseguiram fazer pesquisa, conseguiram produzir e gravar os vídeos”, conta o professor Marbyo José da Silva, idealizador do projeto.

Para Marbyo, a premiação é um divisor de águas. “Esse reconhecimento nos deixa muito felizes, pois conseguimos mostrar aos alunos que é possível extrapolar os muros da escola e ter seu trabalho reconhecido”, celebra.

Inclusão

Por outro lado, a Escola Estadual Graciliano Ramos, de Palmeira dos Índios, foi 2º lugar na categoria Ensino Médio com o projeto “Caixa de Jogos em contextos de aprendizagens criativas”. Usada no Atendimento Educacional Especializado (AEE) dos estudantes com deficiência, a caixa reúne jogos e outros materiais utilizados para potencializar a aprendizagem dos alunos.

“As atividades visam o desenvolvimento de habilidades cognitivas, socioafetivas, psicomotoras, comunicacionais e linguísticas entre os estudantes, despertando toda a comunidade escolar para a necessidade de preservação da identidade cultural”, reforça o orientador da ação, Anderson Gomes. Ele diz que a iniciativa, além de ter se tornado um importante instrumento de aprendizagem na escola, já rendeu a uma das alunas envolvidas uma bolsa de iniciação científica da CNPq.

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