A Semana da Justiça pela Paz em Casa conta também com audiências no 2º Juizado de Violência Doméstica e Familiar de Maceió. A unidade, no Fórum do Barro Duro, pautou 148 processos para a força-tarefa que segue até esta sexta (8).
Segundo o juiz Antônio Barros, titular do 2º Juizado, a iniciativa demonstra a preocupação do Poder Judiciário com as mulheres vítimas de violência doméstica.
“O andamento dos processos é muito importante para as vítimas. Durante esta semana, estamos promovendo o mutirão, e há alguns meses nosso grupo de trabalho vem dando uma grande baixa no acervo, superando a média dos processos que entram mensalmente”.
Denunciar é preciso
Uma das vítimas ouvidas no 2º Juizado é Érica, de 36 anos. A vítima conta que em julho de 2023 denunciou seu ex-marido, com quem conviveu durante onze anos. Segundo ela, nunca houve agressão física, mas diversas ameaças durante o relacionamento.
“Ele gosta de ameaçar, durante muitos anos ele praticou violência psicológica. Estamos separados há algum tempo, mas no ano passado ele me ameaçou de morte. Resolvi denunciar e consegui uma medida protetiva”.
Ela relata que o ex-marido cumpriu as determinações da Medida Protetiva de Urgência (MPU) concedida pela Justiça, o que a fez se sentir mais segura.
“A gente precisa denunciar até para evitar coisa pior. Procurando a Justiça você tem um pouco mais de segurança. Resolvi pedir ajuda e me senti segura com a medida protetiva, pois durante todo esse tempo ele não se aproximou mais de mim”.
Mutirão
A força-tarefa é coordenada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e segue até o dia 8 de março, quando é celebrado o Dia Internacional da Mulher.
A ação vem sendo promovida pelos 1º e 2º Juizados da Mulher na capital, Juizado da Mulher em Arapiraca e demais unidades do interior. Participam também o Ministério Público e a Defensoria Pública.