Adolescentes que cumprem medidas socioeducativas na Unidade de Internação Feminina (UIF), localizada no bairro da Serraria, em Maceió, participaram, nesta quarta-feira (31), de uma festa carnavalesca com direito a maquiagem, decoração e muito frevo. O Carnaval das Pérolas buscou promover a ressocialização das socioeducandas que estudam e se dedicam às atividades cotidianas da unidade.
Promovido pela Secretaria de Estado de Prevenção à Violência (Seprev), por meio da Superintendência de Medidas Socioeducativas (Sumese), o evento faz parte do cronograma anual de atividades, que proporciona arte, cultura e lazer para socioeducandos atendidos pelo Estado.
“A Unidade Feminina é responsável por reinserir socialmente as adolescentes e jovens que por algum motivo entraram em conflito com a lei. É um processo de construção que leva em conta vários fatores, como educação, profissionalização, mas também a integração social deste público que se encontra privado de liberdade”, explica a supervisora da unidade, Silvia Medeiros.
Tudo foi preparado com muito carinho pela equipe técnica da unidade. A programação contou até com um momento de beleza para elevar a autoestima das participantes e despertar nelas o desejo de transformação.
A adolescente J.M.C., de 17 anos, disse que este foi o melhor carnaval de que já participou e ressaltou a humanização do atendimento recebido na unidade, que atualmente conta com quatro adolescentes.
“Aqui na UIF nós somos muito bem acolhidas. A equipe preparou essa festa maravilhosa para nós e foi o melhor carnaval que já tive, melhor até que os carnavais lá de fora. Agradeço muito toda equipe da UIF e também à Seprev por este momento tão especial”, comentou a socioeducanda.
Para o superintendente de Medidas Socioeducativas da Seprev, Otávio Rego, o evento carnavalesco vem aperfeiçoar as metodologias já utilizadas pelo Governo do Estado na medida de proteção socioeducativa.
“Promover a cultura e a valorização das tradições brasileiras junto aos adolescentes da socioeducação é uma das obrigações do Estado. Atividades culturais como a de hoje enriquecem o processo de socioeducação, complementando todo o trabalho psicossocial, educacional e profissionalizante que é realizado”, afirmou Otávio Rego.