Falando sobre autismo
8 janeiro 2024
Fazendo uma retrospectiva na história do autismo podemos voltar ao século XVIII é analisar o caso de Hung Blair de Borgue que durante um julgamento tinha o comportamento de ecolalia (distúrbio da fala com característica principal repetição de palavras de frases ditas por outras pessoas mesmo que não façam sentido).
E o que seria o autismo? O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento infantil genético só que multifatorial que acarreta em uma serie de inabilidades na comunicação, socialização, padrões restritos e ritualísticos do comportamento. Mas quando falamos fator genético multifatorial o que poderia ser isso?
De forma simplificada, para que uma criança desenvolva o autismo os pais precisam ter essa carga genética e alguns fatores ambientais/sociais/biológicos podem acarretar que esse gene se desenvolva, por exemplo: obesidade materna, idade avançada dos pais, prematuridade do bebê, mas para que a criança desenvolva o transtorno do espectro autista ela precisa ter essa herança genética dos pais que acaba sendo “ativada” por outros fatores.
Durante o crescimento e desenvolvimento a criança típica ela de forma progressiva ao passar dos meses vai evoluindo e correspondendo com alguns comportamentos esperados de acordo com o seu tempo de vida, aos 2 meses é esperado que a criança reaja a sons altos, expresse felicidade quando os pais caminham até ele, entre outros comportamentos nas áreas cognitivas, sociais e de comunicação.
O autismo pode se expressar de diversas formas e por isso que na sua denominação tem espectro, além disso tem que avaliar o quanto de prejuízo os sintomas do TEA causam na vida dessa criança/pessoa autista e partir disso determinar em qual nível de suporte vai se enquadrar, o autismo não é avaliado por leve ou grave e sim o quanto de suporte a pessoa autista vai precisar para enfrentar essas inabilidades pertinentes ao transtorno.
O austimo não é um transtorno da moda como se escuta falar, ao estudar a história a relatos bem antigos de casos e tentativas de diagnósticos até se chegar ao nome autismo e ser incluído no DSM – 5 como um transtorno do neurodesenvolvimento, já que no passado pensava-se que era um tipo de esquizofrenia. O ponto chave está em desmistificar o transtorno, os comportamentos da pessoa com autismo e quanto mais cedo fechar o diagnóstico e tratamento terapêutico adequado mas chances da pessoa autista ter um bom desenvolvimento melhorar o nível de suporte.