Sobre Amanda Araújo

Amanda Araújo Mendes é proprietária e enfermeira do consultório de enfermagem CuraDerme situado em Santana do Ipanema (Alagoas). Formada em enfermagem pela Faculdade Cesmac do Sertão, também bacharela em administração pública pela Ufal. Possui especializações na área de gestão em saúde pública e urgência, emergência e terapia intensiva. Já atuou como enfermeira no Hospital Regional de Santana do Ipanema e atenção básica do mesmo município. Fez parte do corpo docente dos cursos da escola técnica de saúde Valeria Hora e atualmente é docente do Divino Cursos.


Falando sobre autismo

8 janeiro 2024


O principal símbolo do autismo, reconhecido mundialmente, é a fita ou laço colorido em forma de quebra-cabeça. (Foto: Divulgação)

Fazendo uma retrospectiva na história do autismo podemos voltar ao século XVIII é analisar o caso de Hung Blair de Borgue que durante um julgamento tinha o comportamento de ecolalia (distúrbio da fala com característica principal repetição de palavras de frases ditas por outras pessoas mesmo que não façam sentido).

E o que seria o autismo? O autismo é um transtorno do neurodesenvolvimento infantil genético só que multifatorial que acarreta em uma serie de inabilidades na comunicação, socialização, padrões restritos e ritualísticos do comportamento. Mas quando falamos fator genético multifatorial o que poderia ser isso?

De forma simplificada, para que uma criança desenvolva o autismo os pais precisam ter essa carga genética e alguns fatores ambientais/sociais/biológicos podem acarretar que esse gene se desenvolva, por exemplo: obesidade materna, idade avançada dos pais, prematuridade do bebê, mas para que a criança desenvolva o transtorno do espectro autista ela precisa ter essa herança genética dos pais que acaba sendo “ativada” por outros fatores.

Durante o crescimento e desenvolvimento a criança típica ela de forma progressiva ao passar dos meses vai evoluindo e correspondendo com alguns comportamentos esperados de acordo com o seu tempo de vida, aos 2 meses é esperado que a criança reaja a sons altos, expresse felicidade quando os pais caminham até ele, entre outros comportamentos nas áreas cognitivas, sociais e de comunicação.

O autismo pode se expressar de diversas formas e por isso que na sua denominação tem espectro, além disso tem que avaliar o quanto de prejuízo os sintomas do TEA causam na vida dessa criança/pessoa autista e partir disso determinar em qual nível de suporte vai se enquadrar, o autismo não é avaliado por leve ou grave e sim o quanto de suporte a pessoa autista vai precisar para enfrentar essas inabilidades pertinentes ao transtorno.

O austimo não é um transtorno da moda como se escuta falar, ao estudar a história a relatos bem antigos de casos e tentativas de diagnósticos até se chegar ao nome autismo e ser incluído no DSM – 5 como um transtorno do neurodesenvolvimento, já que no passado pensava-se que era um tipo de esquizofrenia. O ponto chave está em desmistificar o transtorno, os comportamentos da pessoa com autismo e quanto mais cedo fechar o diagnóstico e tratamento terapêutico adequado mas chances da pessoa autista ter um bom desenvolvimento melhorar o nível de suporte.

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