A vinda de Zagallo à terrinha amada foi em com a Seleção Brasileira foi da 8 de agosto de 1993, no amistoso entre Brasil e México, realizado em Maceió. Mas além disso, o dia foi marcado pela retorno do Estádio Rei Pelé, que, em 1992, passou por uma grande reforma, além da reabertura do Museu dos Esportes, dirigido pelo historiador Lauthenay Perdigão (1935 – 2021). Naquele mesmo dia, houve uma solenidade pela manhã e à tarde o jogo. A crônica esportiva, os jogadores e os visitantes fizeram uma visita ao estádio. Zagallo foi homenageado por Lauthenay com um busto. O jogo terminou empatado por 1 a 1, com gols de Márcio Santos para o Brasil e de Zaguinho para o México.
A outra partida em que Zagallo novamente pisou em solo alagoano com a Seleção Brasileira foi em 2004, terminou em 0 a 0 entre Brasil e Colômbia, no dia 13 de outubro, essa válida pelas Eliminatórias da Copa do Mundo, que viria a ser realizada na Alemanha em 2006. Neste dia o Brasil formou com Dida; Cafu, Juan, Roque Júnior e Roberto Carlos; Renato, Magrão (Elano), Zé Roberto (Edu) e Alex (Adriano); Ronaldinho Gaúcho e Ronaldo. O técnico era Carlos Alberto Parreira e seu auxliar o Velho Lobo. Aquele jogo em Maceió foi o único do time canarinho em uma partida oficial em Alagoas. A combinação da sua presença em diversos dos grandes momentos do futebol brasileiro com a sucessão de cargos de comando deram maior evidência à figura de Mario Jorge Lobo Zagallo.
Com o passar dos anos foi se cultivando uma espécie de “mito” ao seu redor. O “Velho Lobo”, claro, não deixava por menos, alimentando o falatório com o seu carisma e com diversos causos, frases e curiosidades. O apelido é outra curiosidade. No começo da carreira o chamavam nos juvenis do América do Rio de Janeiro de “Formiguinha”, porque Zagallo já mostrava consciência tática de ir ao ataque e voltar para ajudar os companheiros no meio-campo e defesa. Já quando mais velho passaram a chamá-lo de Velho Lobo, até lembrando seu sobrenome.
Em relação ao número 13, considerada a maior de todas essas anedotas, é a famosa superstição com esse número. Em várias entrevistas e aparições públicas, Zagallo relacionava tudo com o número, somando letras e lembrando datas. “Brasil Campeão”, por exemplo, tem treze letras. A obsessão vem da relação histórica da própria família com o número e também pela devoção da esposa para com Santo Antônio, já que seu dia é o dia 13 de junho.