Os setores do comércio e serviços foram responsáveis por 74% do total de empregos com carteira assinada gerados em Alagoas este ano. De acordo com os dados do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), dos 19.622 postos formais de trabalho criados no estado de janeiro a outubro, 14.520 foram gerados pelos dois setores.
Sozinho, o setor de serviços foi responsável pela criação de 12.099 vagas com carteira assinada este ano. Já o comércio abriu 2.421 postos. Juntos, os dois setores acumulam um estoque de 291.823 mil empregos com carteira assinada — o correspondente a 70,7% do estoque atual de emprego no estado, que é de 412.247 vagas.
Somente em outubro, das 4.163 vagas com carteira assinada criadas no estado, 1.709 foram geradas pelo comércio e serviços — o correspondente a 41% do total. A indústria aparece em seguida, com a abertura de 1.427 postos formais de trabalho.
Micro e pequenas empresas
Com base nos dados do Caged, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) elaborou um estudo apontando que as micro e pequenas empresas alagoanas dos setores do comércio e serviços geraram 12.622 vagas com carteira assinada de janeiro a outubro. O volume representa 64,5% do total de vagas de trabalho criadas este ano.
De acordo com o Sebrae, Alagoas está há dois meses consecutivos entre os cinco estados com o maior saldo de empregos gerados no Brasil pelas micro e pequenas empresas (MPEs). Na região Nordeste, o estado já ocupa a primeira posição por duas vezes seguidas.
Em outubro, as micro e pequenas empresas alagoanas geraram 1.929 postos de trabalho com carteira assinada, um saldo de 11,88 postos por mil empregados – o maior do Nordeste, à frente de estados como Bahia, que criou 3,68 vagas por mil empregados, Pernambuco (8,72 vagas por mim) e Ceará (10,56 por mil).
Para a economista e analista do Sebrae Alagoas, Geanne Silva, a predominância das micro e pequenas empresas nos setores de comércio e serviços pode ser explicada por vários fatores. “Em primeiro lugar, a ausência de um setor industrial forte no estado cria um vácuo que é preenchido pelos setores. As contratações nessas áreas são consistentemente altas, indicando uma demanda estável por esses serviços”, explica.