A Reitoria da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em Maceió, tornou-se um grande polo de divulgação científica com vários estandes temáticos compartilhando estudos ou experiências nas mais diversas áreas do conhecimento. Tudo apresentado numa linguagem acessível e atrativa para que todos pudessem participar.
Desde a última segunda-feira (16), crianças da educação infantil, estudantes dos ensinos fundamental e médio, de escolares públicas e particulares, circularam pelos campi da Ufal na capital e no interior do estado tendo a oportunidade de vivenciar como fazer ciência por meio das atividades propostas pela Semana Interinstitucional de Pesquisa, Tecnologia e Inovação na Educação Básica (Sinpete). O evento termina nesta sexta-feira (20) superando de forma positiva as expectativas dos participantes. Foram dias de intensa movimentação que demonstraram o poder de mobilização do conhecimento científico.
O objetivo da Sinpete é grande, pensando o presente e com visão de futuro: mais do que simplesmente mostrar o que é ciência, o foco da Semana é apresentar a atividade como um meio de resolução de demandas e uma possibilidade de carreira profissional, estimulando o surgimento de novos cientistas alagoanos.
“A Sinpete se estrutura a partir dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável [ODS], visando estimular a curiosidade e o pensamento científico de crianças e jovens alagoanos. A ideia é inseri-los como protagonistas na busca por soluções sustentáveis que respondam a problemas socioambientais do lugar onde vivem”, destaca Vera Pontes, coordenadora-geral do evento. E ressalta: “É a educação científica na escola como ferramenta de transformação social. Por meio de ações de estímulo à iniciação científica, a Sinpete possibilita a aproximação entre Universidade e escola e contribui com a formação acadêmica dos futuros ingressantes da Educação Superior”.
Números que impressionam
Em sua segunda edição, a Sinpete surpreendeu o público com a ampliação das atividades. De acordo com os organizadores, entre oficinas, minicursos, palestras, mesas, exposições e experimentos, foram mais de 300 atividades ofertadas, contemplando os municípios de Maceió, Arapiraca, Palmeira dos Índios, Delmiro Gouveia e Maragogi, cidades que sediaram o evento este ano.
Com inscrição de 230 escolas, das redes públicas municipal e estadual, além das particulares, a projeção de público foi de cerca de dez mil estudantes participantes ao longo da semana. E os esforços foram para que ninguém ficasse de fora. “Algumas escolas públicas enviaram e-mail reportando desistência da visitação de alunos por não terem conseguido o transporte, mas, diante das possibilidades, a Ufal interveio disponibilizando ônibus escolar para suprir um pouco dessa dificuldade e fazer o translado da turma”, informou Vera.
Para realizar um evento desse porte, foi preciso engajamento de uma equipe que acreditasse na ideia. A coordenadora conta que, na edição de 2023, foram mais de 300 pessoas envolvidas na organização e execução. Ela ressaltou o apoio do reitor da Ufal, Josealdo Tonholo, e da vice-reitora Eliane Cavalcanti, além de pró-reitores, docentes, pesquisadores, técnicos e estudantes que se dispuseram a trabalhar na realização da Semana.
“Foi um trabalho bem articulado com as pró-reitorias, o Nees da Ufal, a Ascom [Assessoria de Comunicação], secretarias de Estado e municipais, outras instituições de ensino superior, de fomento à pesquisa. A toda essa equipe, nossa gratidão”, reconheceu Vera.
Projeto de popularização e divulgação da Ciência, Tecnologia e Inovação (CT&I), a Sinpete é realizada pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), em colaboração com o Instituto Federal de Alagoas (Ifal), a Universidade Estadual de Alagoas (Uneal), a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), a Secretaria de Estado da Educação de Alagoas (Seduc-AL), Secretaria de Estado da Ciência, da Tecnologia e da Inovação (Secti-AL), União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime/AL) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), com a importante parceria do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais (Nees) da Ufal.
A realização da Semana consolidou a união de diversas instituições em torno do objetivo de estimular ideias e soluções para as demandas locais pensadas a partir da perspectiva dos próprios estudantes, acreditando, estimulando e abrindo espaço para atuação dos futuros cientistas.
“Em sua 2° edição, a Sinpete cresceu, expandiu e se interiorizou, visando alcançar dezenas de municípios, centenas de escolas e milhares de alunos alagoanos, do Litoral ao Sertão. É um projeto interinstitucional e, como tal, realizado pelas instituições parceiras, numa interconexão com as secretarias municipais de educação”, explica a coordenadora. E destaca: “Nessa perspectiva, a Ufal se apoia no 17° Objetivo de Desenvolvimento Sustentável, da Agenda 2030, da ONU: parcerias e meios de implementação, buscando investir no ODS 4: educação de qualidade”.
Maior instituição de ensino superior pública de Alagoas, o foco da gestão central é fazer da Ufal um espaço cada vez mais dos alagoanos. E é nessa perspectiva que também trabalha a equipe organizadora da Sinpete: para que os estudantes da educação básica se sintam motivados e acreditem que podem ser os futuros discentes e pesquisadores da Universidade.