Covid: Não vacinados ou com esquema incompleto são maioria em leitos de AL De 194 pacientes, que passaram pelas UTIs, 50 não tomaram nenhuma vacina, 17 apenas uma dose, 101 tomaram duas doses e 26 as três doses.

Suely Melo / Assessoria Sesau

09 fev 2022 - 20:00


Foto: Thiago Duarte / Agência Alagoas

O número de pacientes não imunizados contra a Covid-19 e com esquema vacinal incompleto chama a atenção nos leitos públicos mantidos pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau). Os dados epidemiológicos da semana mostram que nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), 87% dos internados estão com esquema vacinal incompleto. Esse número nas Enfermarias é ainda maior, aumentando para 91%.

O levantamento elaborado pela Sesau aponta que de 194 pacientes diagnosticados com a Covid-19 que passaram pelas UTIs, 50 não tomaram nenhuma dose dos imunizantes desenvolvidos para prevenir contra o novo coronavírus, 17 tomaram apenas uma dose, 101 se imunizaram com duas doses e 26 com as três doses.

Nas Enfermarias, dos 384 pacientes diagnosticados com a doença, 97 não se vacinaram com nenhuma dose contra a Covid-19. Ainda segundo o levantamento, 36 tomaram apenas uma dose de imunizante, 215 tomaram duas doses e 36 as três doses.

O secretário de Estado da Saúde, Alexandre Ayres, vem pedindo incessantemente, em suas redes sociais e em entrevistas para imprensa alagoana, que a população conclua o esquema vacinal. “Os números de óbitos e da ocupação hospitalar tem aumentado aqui no estado. Eu já modifiquei totalmente o perfil do Hospital Metropolitano, que voltou a ter um atendimento quase exclusivo a pacientes com Covid-19. E o que a gente tem observado é que o percentual de pessoas não vacinadas têm gerado essa pressão maior na nossa Rede Hospitalar”, salientou.

Ayres ainda reforçou que a vacina é a maior proteção contra a Covid-19 e só com ela é que é possível conter o vírus. “Temos o exemplo de um senhor com 83 anos, que tomou três doses das vacinas e a sua esposa com 81 decidiu não tomar nenhuma dose. Esse senhor contraiu a Covid-19, provavelmente, a Ômicron, teve sintomas leves e infectou a esposa e ela está internada. Esse é um exemplo concreto de que você tem que se proteger e convencer a pessoa que vive com você a também fazer o mesmo”, disse o gestor da saúde estadual.

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