O ataque às Torres Gêmeas do World Trade Center e à sede do Departamento de Defesa dos Estados Unidos completou 20 anos neste sábado, dia 11. A lembrança da tragédia coincidiu com os conflitos políticos recentes envolvendo o Afeganistão e a retomada do Talibã no país.
Para o autor de História do Sistema de Ensino pH Gabriel Onofre, o tema é complexo e deve ser abordado em sala de aula. “O 11 de Setembro é um evento que fortalece uma ala conservadora nos Estados Unidos, de grupos que defendem uma política intervecionista no Oriente Médio. Além de tudo isso, é um evento com impactos mundiais.”
Ele ainda completa: “é importante esse contexto de pós Guerra Fria. Estamos falando de um momento que os Estados Unidos se colocam ainda como potência incontestável mundial. A União Soviética tinha acabado há uma década e a União Europeia não representava um contra-ponto militar. A China também estava em uma política de isolamento, se fortalecendo economicamente.”
Além disso, o autor ainda reforça que é o 11 de Setembro é bastante cotado no Enem: “Eu apostaria que vai aparecer associado aos conteúdos de crise do petróleo, Revolução Iraniana, ascensão do fundamentalismo islâmico nos anos 1970 ou Guerra Fria. Pode aparecer ali como um debate sobre terrorismo ou pode envolver mais a questão dos grupos fundamentalistas, em especial, como vivem as mulheres nessas sociedades.”
O 11 de setembro da América Latina
Além do ataque às Torres Gêmeas, Onofre destaca o significado dessa data para a história da América Latina: o golpe militar chileno em 1973. O acontecimento foi responsável por derrubar o governo de Salvador Allende e deu início à ditatura de Augusto Pinochet, que se estendeu até 1990.
Por Gabriel Onofre* – colaboração
*Gabriel Onofre é autor do material de História do Sistema de Ensino pH.