Com os pés no chão, a ex-jogadora Emily Lima está próxima de conquistar mais um sonho em sua carreira. A primeira mulher a dirigir a Seleção Brasileira Feminina Sub-17, tem como seu grande ídolo, o ex-técnico do Palmeiras e agora treinador da Seleção Brasileira, Luiz Felipe Scolari. E o grande encontro pode estar cada vez mais perto.
Com a proximidade da Copa do Mundo e também da Copa das Confederações, Emily poderá finalmente cair nos braços de Scolari. Isso porque os dois trabalham para a mesma entidade. Ele no comando masculino, enquanto que ela com as futuras promessas brasileiras.
“Gosto muito do Felipão, principalmente de sua filosofia de trabalho. Queria encontrar com ele para tirar algumas dúvidas sobre nosso futebol. É sempre bom escutar conselhos de um campeão”, disse Emily.
E para quem acredita em premonição, o destino dos dois parece estar marcado desde 1997. Naquela época, a ex-volante tinha sido convocada para integrar a seleção pela primeira vez. Por outro lado, Luiz Felipe Scolari começava sua carreira de campeão como treinador do Palmeiras.
O grande encontro
Mas antes de se prepara para um possível encontro com o ídolo, Emily vai ter muito trabalho para preparar o terreno. Isso porque ela vai ter que treinas as meninas para o Sul-Americano e o Mundial que acontece no mesmo ano da Copa.
Segundo a Fifa, em 2006, o Brasil tinha cerca de quase 10 mil jogadoras, sendo aproximadamente 2000 mil com menos de 18 anos. Já nos EUA, o número é de 1,6 milhão, sendo 1,5 milhão está abaixo dos 18 anos.
“Para montar uma equipe Sub-17, a gente tem que trabalhar muito. Trabalho com atletas que nasceram entre 97 e 98. E ainda é difícil encontrar jogadoras dessa idade”, comentou a treinadora.
Conselhos de gente grande
Mesmo com toda sua experiência, Emily não desanima. Em contato com outros treinadores, a ex-jogadora deve começar um projeto de parceria com grandes clubes brasileiros.
“Já estive no Corinthians para ver se encontro mais atletas. Agora, devemos fechar uma parceria com o Inter-RS e Vasco. Tenho muito amigos treinadores. Converso bastante com eles. Atualmente tenho recebido material de novas jogadoras pelo Correio. Acredito que daqui pra frente vai ficar mais fácil poder achar atletas de alto nível”, comentou Emily.
Com problemas sérios nos joelhos, Emily encerrou sua carreira de jogadora na Itália. Mas nova treinadora da Seleção Sub-17 parece nunca desanimar e sempre corre atrás de seus sonhos. É com essa força de vontade que ele tenta passar em suas palestras antes dos treinamentos.
“A vida de atleta não é fácil. Tive que parar de jogar bola por causa de dores nos joelhos. Mas graças a Deus hoje consegui realizar mais um sonho, que é ser a primeira mulher a comandar a Seleção Sub-17.
E com a proximidade dos grandes eventos esportivos que irão ser realizados no Brasil, Emily acredita que o futebol feminino vai crescer muito.
“Joguei na Europa e sei que lá ainda é diferente. Lá o futebol feminino é tratado igual o profissional aqui no Brasil. Mas acredito que com a Copa do Mundo, a modalidade vai crescer ainda mais. Eu falo para as meninas que se a gente falar bem do nosso futebol, coisas boas irão acontecer”, finalizou Emily Lima.
Confira a carreira de Emily Lima
Ela atuou nos gramados dos 13 aos 29 anos. Emily se aposentou em 2009. Como atleta, a ex-jogadora passou por clube como o Saad, São Paulo, Teresópolis e Veranópolis. A primeira técnica do Sub-17 atuou na Espanha por cinco anos. Nesta época, ela se naturalizou portuguesa e jogou pela Seleção de Portugal. Emily também teve passagens pelo futebol italiano. Como treinadora, a ex-atleta foi supervisora de futebol e auxiliar técnica na Portuguesa e atualmente divide a Seleção Sub-17 com um grande trabalho no Juventus.
Por AFI