Estudo da OAB/AL indica que violência contra a mulher é maior no interior do Estado

06 mar 2013 - 14:40


“O Interior tem forte ocorrência contra a mulher. Estes números representam apenas os casos em que as vítimas foram identificadas, mas existem muitos casos que ainda nem foram esclarecidos”, diz advogado.

Advogados durante coletiva realizada nesta quarta-feira (Foto: Assessoria)

Advogados durante coletiva realizada nesta quarta-feira (Foto: Assessoria)

O presidente da Comissão dos Direitos Humanos, Daniel Nunes Pereira, e as advogadas Paula Simony e Andreia Alencar Braga, anunciaram durante coletiva de imprensa na manhã desta quarta-feira, 6, os dados de violência contra as mulheres em Alagoas referente ao ano de 2012 e os dois primeiros meses de 2013.

De acordo com Simony, a metodologia aplicada na pesquisa leva em consideração os casos de forma individual. “Verificamos as vítimas pelo nome e, quando possível, endereço. Pois, cada caso é um caso. Só depois disso montamos nosso relatório e os gráficos mostram o impacto da violência no nosso Estado”, disse.

Ao todo, 164 mulheres foram assassinadas no ano de 2012 e para este ano de 2013 o número já chega a 20. “O Interior tem forte ocorrência contra a mulher. Estes números representam apenas os casos em que as vítimas foram identificadas, mas existem muitos casos que ainda nem foram esclarecidos”, reforçou Daniel Nunes.

O relatório aponta, ainda, que a arma de fogo foi o principal objetivo utilizado em assassinatos contra a mulher. Dos 164 crimes, 110 foram praticados com arma de fogo, seguido de 21 de arma branca e instrumentos contundentes, 12 crimes por espancamento, seis através de pauladas, pedradas, socos e pontapés, além de quatro por esganadura e estrangulamento.

Os números apontam também a quantidade de corpos encontrados em estado avançado de putrefação, quantidade de ossadas encontradas e dados por cidades mais violentas e bairros da capital alagoana.

“Por incrível que pareça, a grande surpresa neste relatório foi que nós detectamos que quanto maior o nível de escolaridade da mulher, mais ela denuncia”, finalizou o presidente da Comissão.

Por Assessoria OAB

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