Material deverá ser encaminhado ao Conseg, Tribunal de Justiça e OAB-AL
A Associação dos Delegados de Polícia de Alagoas (Adepol) iniciou um levantamento sobre a situação das principais delegacias. Nesta terça-feira (26), foram visitados os distritos localizados na Zona da Mata. “Em Murici, havia apenas um policial para tomar conta de 12 presos, enquanto que em União dos Palmares, 30 presos para uma equipe também muito reduzida. Isso atrapalha as investigações”, revelou o presidente do Adepol, Antônio Carlos Lessa.
O relatório será encaminhado à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ao Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) e ao Conselho Estadual de Segurança Pública (Conseg). “O objetivo é fazer com que esses órgãos intercedam junto ao Governo para a retirada dos presos, a fim de que os policiais passem a investigar”, acrescentou Lessa.
A Delegacia Regional de Penedo, ainda segundo o presidente da Adepol, abriga 69 presos, mas deveria receber apenas 25.
As visitas às delegacias devem continuar até a próxima semana. “Há anos venho denunciando a falta de investimento do Governo do Estado na segurança pública. A situação está piorando a cada dia. Mais de 90% das delegacias estão deterioradas”, reforçou Antônio Carlos.
O sucateamento das delegacias (na capital e interior), as condições insalubres de trabalho e o abandono de presos nas distritais representam problemas também já denunciados, ao Executivo, pelo Sindicato dos Policiais Civis (Sindpol).
A Justiça, por sua vez, também já chegou a se manifestar, com o juiz da comarca de Palmeira dos Índios, Ferdinand Scremin, tendo determinado, nessa segunda-feira (26), que a delegacia da cidade não deve receber mais presos, em virtude do quadro de superlotação, com alguns, inclusive, algemados a motocicletas e às grades das celas.
Assessoria