Um bom desempenho na prática de atividades físicas depende de diversas particularidades, incluindo a genética e fenótipo. Recentemente, pesquisadores da Universidade Federal de Alagoas publicaram resultados de um trabalho que comprova que a cafeína melhora vários aspectos do desempenho atlético em adolescentes, independentemente de seus genótipos.
A pesquisa foi realizada com 100 jovens entre 13 a 17 anos que integram o projeto de extensão Fábrica Coletiva de Talentos coordenado pelo professor do curso de Educação Física e coordenador do Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGNUT) Gustavo Gomes de Araujo. O estudo teve a preocupação de avaliar o efeito da cafeína em jovens atletas sobre o polimorfismo genético da CYP1A2.
Desenvolvido e analisado por mestrandos, doutorandos e professores do Instituto de Educação Física e Esporte (IEFE), Programa de Pós-Graduação em Nutrição (PPGNUT) e Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde (PPGCS), o estudo científico foi publicado em uma revista de alto impacto internacional, o Jornal: Scandinavian Journal of Medicine & Science in Sports.
De acordo com a pesquisa, o objetivo do trabalho foi investigar se variações nos genótipos 163 C> A CYP1A2 (rs 762551) (AA, AC e CC) modificam os efeitos ergogênicos da cafeína (CAF) na força, potência, resistência muscular, agilidade e resistência em adolescentes atletas.
Após os participantes ingerirem cafeína antes de realizar uma sequência de testes físicos, os pesquisadores realizaram análises genéticas para auxiliar a interpretação dos dados de campo e resultados de desempenho. O estudo apresentou que a cafeína melhora a resistência muscular e o desempenho aeróbico em atletas adolescentes, independentemente do genótipo 163 C> A CYP1A2.
Segundo o professor Gustavo Gomes de Araujo, o estudo é um resumo da importância da associação da Extensão e Pesquisa na Universidade. “O interessante é que esse artigo fecha um ciclo de sucesso com parcerias interinstitucionais e de fomento a pesquisa, fomento a extensão, multidisciplinaridade e aplicação a sociedade, uma vez que o projeto de extensão contou com a massificação esportiva (200 crianças e jovens), inclusão de pesquisa multidisciplinar (IEFE, PPGNUT e PPGCS, USP, UTRPR) financiamento de pesquisa pela Fapeal e a publicação em um periódico de elevado impacto” pontua Gustavo.
A pesquisa completa está disponível CLICANDO AQUI.
Fábrica Coletiva de Talentos
As atividades da Fábrica Coletiva de Talentos são realizadas por meio do Instituto de Educação Física e Esporte (Iefe) e atendem jovens em situação de vulnerabilidade social residentes no entorno da universidade em um programa esportivo que possui o objetivo de detectar talentos, encaminhar alunos para universidade e formar uma equipe de alto rendimento esportivo.
Tais atividades podem ser acompanhadas no Instagram.
Por Assessoria / Ufal