Instituto alagoano consegue 250 mi para Doenças Raras Parceria entre entidade filantrópica, laboratório e MS viabiliza amplo projeto científico

17 ago 2018 - 09:00


Reunião instituto, UFRN e MS (Foto: Assessoria)

Pacientes de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) e portadores de limitações físicas já podem comemorar a aprovação de recursos para o desenvolvimento de projetos científicos focados em suas independências.

As iniciativas são do Laboratório LAIS, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e contam com apoio e articulação técnico-científica do Instituto Dr. Hemerson Casado Gama, sediado em Alagoas.

Juntas, as instituições apresentaram ao Ministério da Saúde (MS) “Um anjo para ELA” e “Autonomus”. Os projetos tem previsão de cinco anos de duração e custo total de 250 milhões de reais. A verba para execução do primeiro ano de pesquisas e testes – inicialmente em pacientes localizados no Rio Grande do Norte e em Alagoas – já foi aprovada e a previsão para 2019 já consta no orçamento do MS.

“Com muito trabalho conseguimos trazer os primeiros 50 milhões para 2018 e encaminhar o orçamento de 2019. Estamos felizes por contribuir com o desenvolvimento da ciência brasileira e com a construção de relações internacionais de cooperação científica”, destacou Hemerson Casado, presidente do instituto, cirurgião cardíaco e paciente de ELA há seis anos.

No dia 10 de agosto, representantes das entidades se reuniram e definiram pontos de partida.

“Os projetos existiam, mas faltavam recursos para torná-los grandes. Nossos protótipos foram construídos com sucata e agora podemos comprar materiais e fazer mais testes. A expectativa é de iniciarmos essa fase ainda em 2018. Até mil pacientes devem ser acompanhados nessa etapa”, explicou o Dr. Ricardo Valentim, coordenador do Laboratório LAIS.

As partes das pesquisas que envolvem células tronco e desenvolvimento de medicamentos serão sediadas na Universidade Federal de Alagoas e tem como coordenador o professor doutor Marcelo Duzzioni. Para tal, serão destinados inicialmente nove milhões de reais, que serão somados aos 2,3 milhões de reais já liberados em 2018.

Para Hemerson Casado, isso representa um marco em pesquisas com células tronco, pesquisas gênicas e genéticas e em bioengenharia. “Elas trarão enormes avanços no diagnóstico, tratamento e produção de equipamentos que contribuirão com a melhora na qualidade de vida dos pacientes. É o embrião do Polo de Biotecnologia em Doenças Raras que eu venho defendendo tanto”, destacou.

“As pesquisas desenvolvidas são importantes porque irão possibilitar o fortalecimento do diagnóstico e tratamento de doenças que afetam uma parcela considerável da população. Nossa expectativa é que o MS possa fazer esse investimento para o fortalecimento da saúde pública”, afirmou Adeilson Loureiro, secretário executivo do MS.

Conheça mais sobre os projetos em http://lais.huol.ufrn.br/ e http://hemersoncasado.com/.

Por Assessoria 

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