Marciano tem dado “plantão” durante o mês de janeiro (Foto: Assessoria / Marciano)
As Câmaras de Vereadores de todo o pais, normalmente, estão em recesso durante o mês de janeiro. Todavia, no Poder Legislativo de Santana do Ipanema, no Sertão de Alagoas, um vereador decidiu fazer plantão neste inicio do ano, cobrando inclusive atitudes da Mesa Diretora da Casa.
Marciano dos Santos (PPS), ou melhor, “Marciano do Couro” como é conhecido apresentou no ano passado um projeto de lei para alterar o tempo de recesso de 75 dias por ano para 45 na Casa Tácio Chagas Duarte. Entretanto, ele afirma que o projeto sequer foi colocado em pauta pelo Presidente, ou seja, está “engavetado”.
Para mobilizar esse assunto, o parlamentar decidiu começar o calendário de 2018 mais cedo, trabalhando o mês de janeiro completo. Segundo o regimento da Casa, os vereadores só devem voltar do recesso em fevereiro. Marciano também afirmou que na primeira sessão ordinária deve falar sobre o projeto da redução do recesso.
Em suas redes sociais o edil decidiu mostrar como está sendo seu dia-a-dia nesse período um tanto peculiar. Um exemplo foi nesta terça-feira, quando ele se dirigiu ao gabinete do prefeito para entregar um ofício sugerindo que a cidade faça a adesão ao programa federal “Internet para todos”.
“Acredito que um recesso muito extenso deixa uma grande lacuna na fiscalização e nas cobranças, gerando principalmente um sentimento de injustiça com os servidores, que tem no máximo 30 dias de férias, enquanto nós temos 75 dias anuais. São 300 dias se somados os quatro anos de mandato”, ressalta o vereador.
Sem combustível
Outro ponto citado por Marciano é que, mesmo trabalhando durante o mês de janeiro, ele afirmou que não irá usar a cota de combustível, de 580 litros, que é disponibilizada todos os meses para cada um dos parlamentares.
Respostas
Procurado pela reportagem, o presidente da Câmara de Santana, Mário Siqueira disse já ter falado com Marciano que seu projeto vai entrar em pauta na primeira sessão ordinária deste ano. “Ele vai para as comissões e os colegas vereadores avaliarão se o projeto é regimentalmente legal ou não”, falou o parlamentar.
Por Lucas Malta / Da Redação