
Procedimento representa mais um importante passo dentro da reestruturação do Serviço de Cardiologia de Alagoas (Foto: Ascom/Sesau)
Alagoas realizou, na madrugada desta segunda-feira (11), o sexto transplante deste ano. A cirurgia aconteceu numa unidade hospitalar credenciada pelo Ministério da Saúde (MS), referência em procedimentos cardíacos.
O paciente que recebeu novo coração reside em Maceió, tem 37 anos e estava acometido por uma deficiência denominada de miocardiopatia dilatada idiopática. Ele estava inscrito há oito meses na fila de espera da Central de Transplante de Alagoas.
O procedimento cirúrgico, considerado um sucesso pelo cardiologista José Wanderley Neto, irá possibilitar que o receptor volte a ter uma vida normal.
“Ele ficará internado de três a quatro semanas, uma vez que o corpo precisa se recuperar da cirurgia, se adaptar ao novo órgão e ser fortalecido para que não ocorram infecções, alergias e prejuízos ao transplante”.
O sucesso da cirurgia, de acordo com o cardiologista, garantirá que o paciente, em pouco tempo, esteja apto para retomar suas atividades normais. O procedimento, ainda segundo o médico, representa mais um importante passo dentro da reestruturação do Serviço de Cardiologia de Alagoas. Em 2016, somente duas pessoas ganharam coração novo no Estado.
O doador do mais novo transplantado foi um jovem de 18 anos que morreu em um acidente de motocicleta. Além do coração, também foram doados os rins, o fígado e as córneas. Após o procedimento, que teve a duração de quatro horas, o paciente foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI), onde permanece com o quadro de saúde estável.
De acordo com a coordenadora da Central de Transplantes de Alagoas, Daniela Ramos, é fundamental que os hospitais notifiquem a organização sempre que surgir uma possibilidade de doação de órgãos. “Quando recebemos a notificação de um possível doador, nos mobilizamos, conversamos com os familiares e viabilizamos todo o processo”, explicou a coordenadora.
O controle do atendimento aos pacientes é realizado pela Central de Transplantes de Alagoas, em trabalho conjunto com a Organização de Procura de Órgãos (OPO) do Hospital Geral do Estado (HGE). A Central mantém em seus cadastros todas as informações sobre compatibilidade e situação de saúde do paciente.
Por Marcel Vital / Agência Alagoas
ATUALIZAÇÃO: texto modificado um dia após sua publicação para correção. Inicialmente foi divulgado, equivocadamente, que o local do transplante foi Hospital do Coração.