Ex-prefeito dando ciência ao mandando de prisão contra ele (Foto: Assessoria MPE-AL)
O ex-prefeito da cidade de Santana do Ipanema, José Mário da Silva e dois de seus ex-secretários de governo foram presos na manhã desta terça-feira (10) alvos de uma operação do Grupo Estadual de Combate às Organizações Criminosas (Gecoc) do Ministério Público Estadual de Alagoas (MPE/AL).
De acordo com a assessoria do MP, a ação de hoje é fruto de uma queixa-crime contra o ex-gestor e investiga uma suposta organização que desviava recursos públicos da prefeitura. A denúncia aponta Mário Silva como comandante de um esquema que tinha objetivo de contratar de serviços de som e iluminação para festas promovidas pelo Executivo entre os anos de 2014 e 2016.
Desde as primeiras horas do dia, equipes da Polícia Militar, lideradas pelos promotores Luiz Tenório de Almeida e Amilton Carneiro cumpriram 16 mandados, sendo três deles de prisão, um de condução coercitiva, e outros 12 de busca e apreensão em residências e sede de empresas.
Além do ex-gestor, os mandados de prisão foram cumpridos contra os ex-secretários de finanças e obras, Cláudio Domingo dos Santos e Fernando Pereira Guimarães, respectivamente.
A equipe da operação também efetuou a condução coercitiva de um empresário, ainda não identificado, que também estaria envolvido no esquema. Segundo o MP, todos eles são acusados dos crimes de peculato e corrupção ativa e passiva.
Equipes fizeram buscas em residências (Foto: Assessoria MPE-AL)
Buscas
Além das prisões, as equipes cumpriram diversos mandados de buscas. Um deles ocorreu na sede da administração pública, a Prefeitura de Santana. Outros foram realizados nas Secretarias de Finanças, Administração e Obras, além da Comissão Permanente de Licitação e o setor contábil.
A assessoria do MP informou que foram apreendidos documentos de processos de licitação, dispensa de licitação, contratos e processos de pagamento. Tudo isso referente a locação de estruturas de palco, som, iluminação, aparelhos de projeção, banheiros químicos e geradores de energia. As supostas locações foram para festas como carnaval, emancipação política, São João, Festa da Juventude e Independência do Brasil.
O esquema
A notícia-crime o ex-prefeito da cidade de Santana do Ipanema indica que durante as negociações ele era tratado pelo apelido de “Lobo Mau”. O caso chegou ao Ministério Público por um empresário que, por ter deixado de receber um dos valores acordados no esquema, resolveu procurar a Promotoria de Justiça daquele município.
Além do denunciante, outras duas empresas também são suspeitas de participar do esquema. Apesar de vencerem licitações, elas não estariam habilitadas para a devida prestação de serviços. E, independentemente do trabalho ser ou não realizado, o dinheiro era pago pela prefeitura.
O Ministério Público disse ainda não se saber o valor total desviado na fraude, uma vez que esse montante ainda está sendo apurado na investigação.
Da Redação com Assessoria MP-AL