5 em cada 10 brasileiros endividados acreditam ter o nome limpo final do ano Pesquisa da Confederação Nacional da Indústria mostra ainda que 81% aprovam o Programa "Desenrola Brasil"

Ascom / Fábio Bouças

26 out 2023 - 08:00


Foto: Ascom / Fábio Bouças

Mais da metade dos brasileiros endividados acreditam que quitarão suas dívidas ou limparão seu nome ainda este ano, segundo pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI). O aumento do conhecimento do Programa Desenrola Brasil teve a aderência de 61% dos brasileiros e aprovação de 81%.

O levantamento mostra que a expectativa é maior entre os homens (51%), na sua maioria adultos entre 41 e 60 anos (60%), com ensino fundamental (61%) e com renda familiar entre dois a cinco salários mínimos (62%). Os dados foram levantados pelo (IPRI) da FSB Holding.

O otimismo do brasileiro em que a economia vai melhorar nos próximos seis meses também aumentou, 53% dos entrevistados com mais de 16 anos aprovam o cenário, 22% acredita que os próximos meses serão mais difíceis e 21% que a situação será a mesma. De acordo com o especialista Fernando Lamounier, educador financeiro e diretor da Multimarcas Consórcios: “O aumento das expectativas deve-se ao recuo da inflação, que garante o poder de compra do brasilero diante do cenário atual do país, além das reformas econômicas e perspectivas de crescimento do PIB”.

Os nordestinos são os mais otimistas, 32% afirmam que o desempenho da economia está ótimo ou bom e 30% ruim ou péssima. No sudeste, 20% marcaram como ótimo ou bom, já os que consideram ruim ou péssimo são 39%. O Sul tem a pior percepção do mercado, 18% apenas consideram bom ou ótimo e 43% afirmam que a situação piorou.

Apesar da avaliação menos positiva sobre o momento atual da economia, 45% da população considera que a situação já foi pior. E, entre os que consideram a situação da economia atual como ruim ou péssima, 17% avaliam que ela está melhor do que no primeiro trimestre.

O cenário econômico nos próximos meses tende a aquecer com duas das datas comerciais mais importantes do calendário: a Black Friday (última sexta-feira de novembro) e o Natal. Lamounier explica que mesmo com o setor aquecido, os brasileiros devem se conter e não realizar compras desnecessárias, já que em janeiro do próximo ano, os impostos (IPTU, IPVA) e matrículas escolares vem com reajustes.

“É necessário um planejamento anual para conseguir aproveitar as datas sem entrar no vermelho. Com ele é possível organizar suas despesas com antecedência, fazendo uma reserva emergencial para os meses com maior volume de gastos”, finaliza o especialista.

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